domingo, 10 de abril de 2011

A PRESENÇA DO CIRURGIÃO DENTISTA NA UTI

"ESTÁ EM TRAMITAÇÃO NO CONGRESSO NACIONAL O PROJETO DE LEI Nº 2776/2008 DO DEPUTADO NEILTON MULIM QUE INTEGRA OS PROFISSIONAIS DE ODONTOLOGIA NAS EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS DE UNIDADES DE TERAPIAS INTENSIVAS - UTIs DOS HOSPITAIS DE TODO O PAÍS.
Segundo o Projeto, em todas as unidades de terapia intensiva, bem como em clínicas ou hospitais públicos ou privados em que existam pacientes internados será obrigatória a presença de profissionais de odontologia para os cuidados da saúde bucal do paciente.
Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) o profissional será um cirurgião-dentista, e nas demais unidades profissionais de odontologia com qualificação para atuar nessa área.
Os pacientes internados em Unidades de Terapia intensiva (UTIs) devem receber - como o próprio nome sugere - cuidados especiais e constantes, não só para tratar o problema que o levou à internação, mas também para cuidar dos demais órgãos e sistemas que podem sofrer alguma deterioração prejudicial para sua recuperação e prognóstico. Nesses cuidados deve estar incluído o tratamento odontológico, com higiene bucal adequada, dada a inter-relação entre doenças bucais e sistêmicas. No entanto, é raro encontrar um cirurgião-dentista fazendo parte da equipe multiprofissional das UTIs.
Esse atendimento específico busca manter a higiene bucal e a saúde do sistema estomatognático do paciente durante sua internação, controlando o biofilme e prevenindo e tratando a cárie, a doença periodontal, as infecções periimplantares, as esomatites e outros problemas bucais.
Acrescenta-se, ainda, que o atendimento odontológico do paciente crítico também contribui na prevenção de infecções hospitalares, principalmente as respiratórias, entre elas a pneumonia nosocomial, ou hospitalar, uma das principais infecções em pacientes de UTI favorecidas por microrganismos que proliferam na orofaringe. Sua ocorrência é preocupante, pois é bastante comum entre esse grupo de pacientes, provocando um número significativo de óbitos, prolongando a internação do paciente e exigindo mais medicamentos e cuidados."


"Independentemente da transformação do PL 2776/08 em Lei, o Instituto Central (IC) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) já adotou o atendimento odontológico diário nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Antes a assistência era condicionada à solicitação médica. A iniciativa tem como objetivo prevenir e remover os focos de infecções bucais ativos que possam comprometer o quadro clínico geral do paciente, especialmente daqueles que estão intubados e em ventilação mecânica, considerando que a boca é uma das portas de entrada para infecções, principalmente a respiratória. Se não estiver limpa, facilita a proliferação das bactérias já existentes, além da colonização por outras bactérias, principalmente as que já se encontram no ambiente da UTI.
De acordo com a diretora da Divisão de Odontologia, Paula Peres, as visitas são importantes para o diagnóstico e tratamento de infecções orais agudas e oportunistas, como abscesso dentário (pus na gengiva), traumas na língua e nos lábios, placa bacteriana, herpes, candidíase oral, entre outras patologias.
Outra medida foi o treinamento do corpo de enfermagem (enfermeiros e auxiliares de enfermagem) sobre a importância da higiene oral e de como realizá-la, além da padronização da técnica. Até o momento, 400 profissionais foram treinados pela odontologia."

MEU COMENTÁRIO
Considero de relevante importância esse trabalho desenvolvido pelo Deputado Neilton Mulim, que coloca a atuação do Cirurgião Dentista como primordial para a recuperação dos pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva.
No caso do Hospital das Clínicas, a aceitação da equipe multidisciplinar foi excelente e o Centro Odontológico da Divisão de Odontologia do ICHC reúne todas as especialidades no mesmo local: atendimento ao paciente com necessidades especiais, bucomaxilo – facial e dor orofacial. Em média mensal, são cinco mil procedimentos em pacientes com doenças sistêmicas, cujo tratamento deve ocorrer dentro do ambiente hospitalar. A interação entre as equipes possibilita agilidade no atendimento e crescimento intelectual dos profissionais.
Com relação ao treinamento das equipes de enfermagem, considero que a incorporação do Técnico em Saúde Bucal e do Auxiliar em Saúde Bucal na equipe multidisciplinar, que em seus cursos de formação e qualificação já são bem preparados para o exercício das ações educativas e preventivas em odontologia, seria o melhor caminho para o completo desenvolvimento dos procedimentos de natureza odontológica.

Fonte:
Portal de informações do Deputado Federal Neilton Mulim: http://www.neiltonmulim.com.br/pagina_noticia.php?cdNoticia=109
Contatos:mulim@camara.gov.br

Agência USP de notícias
http://www.usp.br/agen/?p=53145

Um comentário:

  1. só o governo nao vê a importancia nesta materia, já está mais que provado a importancia de uma boa saúde oral para uma futura cura para as enfermedades causadas por microorganismos........ acorda CONGRESSO....

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