quinta-feira, 7 de julho de 2011

Assembléia conjunta de entidades médicas e odontológicas é marcada por protestos e discursos.

Uma grande assembléia organizada por diversas entidades médicas e odontológicas lotou as dependências da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas (APCD) na noite do dia 30 de junho último. O tema de discussão foi a remuneração e as condições de trabalho oferecidas pelas operadoras de planos odontológicos e de saúde. Os profissionais de saúde decidiram que vão promover paralisações sucessivas em ciclos de 72 horas, contra dez operadoras, em sistema de rodízio de especialidades.
Além da própria APCD, fizeram parte da convocação a Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas (ABCD), o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp), a Associação Paulista de Medicina (APM), o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), o Sindicato dos Médicos de São Paulo, a Academia de Medicina de São Paulo e sociedades de inúmeras especialidades médicas.
Estiveram presentes cerca de 400 médicos e cirurgiões-dentistas do Estado de São Paulo que estenderam faixas no anfiteatro contento mensagens de protesto. Os cirurgiões-dentistas fizeram comparações entre o valor mínimo pago por consulta à classe odontológica e aos médicos.
O presidente do Crosp, Emil Adib Razuk, anunciou que está agendada uma reunião com o Sindicato dos Planos de Saúde (Sinog) para tentar entrar num acordo quanto aos valores pagos pelas consultas, e afirmou que o Crosp terá uma "posição firme" na discussão da questão. A entidade ainda entregou uma carta aos participantes informando as ações realizadas pelo Crosp a favor da classe odontológica desde 2009.
Também foi distribuído um manifesto denunciando atitudes das operadoras de saúde. O texto, de autor desconhecido, qualifica as operadoras como "atravessadores", que teriam eliminado o poder de barganha do profissional de saúde. Ele ainda sugere que seja criado um "plano de saúde oficial dos médicos".
Além da remuneração, foram apresentadas queixas relativas às regras impostas pelas empresas. "É um absurdo o profissional usar o seu tempo e material e ainda ter um procedimento glosado", afirmou um cirurgião-dentista muito aplaudido pelos colegas. Em meio a tanta indignação, sobraram críticas também para os próprios responsáveis por promover a assembleia. Um médico presente criticou violentamente todas as entidades de classe por conivência com as operadoras entre outras acusações.

Clipping CROSP

Nenhum comentário:

Postar um comentário