Essa pesquisa revelou alguns dados no mínimo, preocupantes, pois, entre cada dez clínicas visitadas, três apresentavam sérias deficiências no tocante à higiene. Os principais problemas encontrados se relacionavam a esterelização incorreta de equipamentos e instrumentais chegando até a falta de lavagem dos mesmos em uma delas.
É lamentável que numa época em que se dá muita ênfase à biossegurança, determinados profissionais se omitem quanto aos cuidados de higiene e esterilização exigidos para um bom atendimento dos pacientes, sem os quais pode se provocar contaminações não só da pessoa que está sendo atendida, mas, também, dos próprios profissionais que estão realizando o atendimento.
Nos cursos existentes para a formação de recursos humanos auxiliares em odontologia, a disciplina de Biossegurança é uma das mais básicas e importantes na capacitação dos educandos que concluem o curso com todo o conhecimento para exercer as funções em qualquer estabelecimento onde se pratica a odontologia. Porém, por muitas vezes, quando ingressam no mercado de trabalho enfrentam uma série de restrições para colocarem em prática o aprendizado, tanto no setor privado, como no setor público de saúde.
Devo ressaltar, ainda que os Cirurgiões Dentistas, dentro de um processo de educação continuada, voltam-se mais para palestras, cursos e congressos que apresentam conteúdo sôbre qualquer especialidade, principalmente, hoje, a implantodontia, mas, não se dispoem a participar de uma atividade que contemple a Biossegurança.
Infelizmente, esse fato foi constatado em nossa região, quando raros Cirurgiões Dentistas estiveram presentes à palestra "Contrôle de Infecção Cruzada na Prática Odontológica - Atualizações e Inovações".
A palestra que abordou conteúdo importantíssimo para a Equipe de Saúde Bucal, foi proferida pela Professora Sheila Correa Oliveira Martins e fêz parte do ciclo de atualização profissional promovido pela ACDBS - Associação dos Cirurgiões Dentistas da Baixada Santista, durante o Mês dos Dentistas contando com a presença, na sua maioria, de TSBs e ASBs formados e em formação.
A classe precisa despertar para o respeito às normas de Biossegurança, cuja inobservância pode até gerar processos éticos.
Quem tiver interesse em assistir a reportagem na íntegra, pode acessar o link a seguir: http://g1.globo.com/videos/bom-dia-brasil/v/clinicas-odontologicas-de-sao-paulo-apresentam-problemas-de-higiene/1341159/#/Edições/20100921/page/1
Prof. Edélcio,
ResponderExcluirTive a oportunidade de assistir a matéria no G1 e fiquei INDIGNADA!
É uma pena que muitos profissionais não estão preocupados com a sua saúde e a de seus pacientes. Independente das leis e normas, devemos nos lembrar do bom senso que, parece ser algo que está fora de moda. Bom senso? Muitos podem perguntar: "O que é isto?" Desculpe a acidez, mas é a mais pura realidade!!! Se o mundo inteiro faz campanha para aderência à higienização das mãos, o que dizer sobre as demais medidas de biossegurança?
Agradeço, mais uma vez, a divulgação sobre a importância da Biossegurança na prática de nossa profissão.
Aproveitando a oportunidade, vejam o ocorrido na cidade de Rosana/SP sobre contaminação por mercúrio: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/10/prefeitura-do-interior-de-sp-e-multada-por-contaminacao-por-mercurio.html.
É lastimável!!!
Forte abraço e viva a Biossegurança!
Realmente a classe odontológica precisa assumir o seu papel neste cenário importantíssimo da Biossegurança, como forma até de valorizar o trabalho voltado para a promoção de Saúde Bucal.
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