quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Consciência Negra e a Odontologia no Brasil

No dia 20 de dezembro comemoramos no Brasil o "Dia da Consciência Negra", e isto me leva a escrever algumas palavras sôbre a participação da comunidade negra na odontologia brasileira.
Realizando pesquisas sôbre a História da Odontologia no Brasil, deparei-me com dois parágrafos de um texto encontrado no Google que diz o seguinte: " Nesta época o mestre Domingos, "barbeiro" popular no bairro da Saúde, Rio de Janeiro, se tornou famoso. O negro mestiço exercia sua atividade também na casa de clientes. Sob o braço levava uma esteira de tábua, que servia de cadeira e uma chave de Garangeot. Dado a manobras intempestivas, algumas vezes extraía também o dente vizinho, mas cobrava apenas um. Às crianças, sugeriu que o dente extraído fosse jogado no telhado, dizendo antes e por três vezes: "Mourão, toma teu dente podre e dá cá o meu são"e " Havia um crioulo muito habilidoso que esculpia dentaduras em osso e as vendia na porta das igrejas, após as missas domingueiras. Era só escolher, não só a mais bonita, como também a que se adapta-se o melhor possível na boca".
Esse aspecto da história se passa por volta de 1808 quando ainda a odontologia não estava institucionalizada no país, e que os cuidados com os dentes dependiam dos "barbeiros e sangradores"
Nessa época foi criada a Escola de Cirurgia na Bahia, e o Dr. José Corrêa Picanço, físico e cirurgião-mór  licenciava profissionais da Côrte e, também sete negros para exercer a função.
Nos dias de hoje, em que o preconceito racial ainda existe em nosso país, é pequena a participação do negro no processo de desenvolvimento da odontologia, e infelizmente, a discriminação tem direcionado até para casos gravíssimos, tal qual o que motivou a morte do Cirurgião Dentista negro,recém formado, Flávio Ferreira, que teve a sua tragetória de  vida interrompida pelo seu frio e brutal assassinato.
A classe negra tem muito a contribuir com o desenvolvimento do Brasil e da odontologia brasileira, não só a nível superior, mas, inclusive no nível técnico, onde o envolvimento de alunos negros e afro-descendentes, tem sido uma constante nos cursos técnicos promovidos para Técnico em Saúde Bucal e Auxiliar em Saúde Bucal.


Brancos e negros devem se dar as mãos, no sentido de alcançar a evolução que este país precisa! 
Referências bibliográficas:
www.atmhostimidia.com.br/historia_odontologia_brasil.htm
http://www.istoe.com.br/

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