TEMAS DE SAÚDE BUCAL: Este Blog é destinado preferencialmente a valorizar o trabalho da Equipe de Saúde Bucal composta pelo Cirurgião Dentista, Técnico em Saúde Bucal, Auxiliar em Saúde Bucal, Técnico em Prótese Dentária, Auxiliar de Prótese Dentária e Técnico de Manutenção em Equipamento Odontológico, e divulgar assuntos relacionados com a Odontologia e Saúde Bucal Coletiva,além de promover troca de experiências e esclarecimentos de dúvidas entre profissionais da área .
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Amálgama e contaminação mercurial: saiba mais e proteja-se! Parte 2
Autora: Profa. Dra. Sheila Oliveira Correa
O armazenamento inadequado das sobras de amálgama nos consultórios odontológicos também é um aspecto amplamente apontado na literatura científica como importante fonte de contaminação ocupacional e ambiental por vapor de mercúrio. Segundo a OMS, os resíduos sólidos de saúde, em que se incluem os derivados do amálgama dentário, constituem um potencial reservatório de contaminação biológica e química, tanto para o paciente quanto para o profissional e a população em geral. Para o controle da exposição ocupacional ao mercúrio, é importante desenvolver um programa de vigilância toxicológica no qual deve ser feita a quantificação da concentração da substância química presente no ambiente (monitoramento ambiental) e/ou no organismo (monitoramento biológico), cujos resultados contribuem para o diagnóstico da situação associada à contaminação e à implantação de medidas corretivas. A avaliação da exposição pode ser feita por meio da utilização de indicadores biológicos, também chamados de biomarcadores, parâmetros que refletem o comportamento e as interações ocorridas entre o agente tóxico e o sistema biológico. Para testar a exposição crônica ao vapor de mercúrio metálico (como na Odontologia) o biomarcador indicado é a urina, pois a concentração do metal nesse fluido biológico tem relação direta com a concentração ambiental à qual o indivíduo foi exposto. O valor de referência (VR) para a população em geral, não exposta ocupacionalmente ao mecúrio, é de 5 μg/g de creatinina. Já o índice biológico máximo permitido (IBMP) para o mercúrio metálico, nível a partir dos qual se aumenta consideravelmente o risco de adoecimento, é de 35 μg/g de creatinina. No entanto, o nível mais confiável de correlação entre exposição e excreção urinária só pode ser obtido após um ano de exposição contínua a níveis constantes de mercúrio no ar, fator que deve ser levado em consideração na análise dos dados. Porém, ainda que existam valores de referência considerados seguros para exposição ao mercúrio, uma avaliação mundial sobre esse metal feita em 2005 pelo Programa de las Naciones Unidas para El Medio Ambiente (PNUMA) demonstrou que trabalhadores expostos a níveis atmosféricos prolongados de 20 a 30 μg Hg/m3 ou níveis urinários de 30 a 35 μg Hg/g de creatinina já começam a apresentar efeitos adversos sutis no SNC e nos rins. Além disso, vários autores argumentam que os limites de exposição não levam em consideração fatores individuais que podem influenciar na resposta à exposição. Diante do exposto e, considerando-se que a exposição ocupacional ao mercúrio pode resultar em contaminação dos cirurgiões-dentistas e equipe auxiliar-técnica, fica evidente a importância e a necessidade da avaliação regular dos níveis de contaminação por mercúrio dos profissionais do setor odontológico e do ar do ambiente onde eles trabalham. É fundamental mapear e avaliar o processo de trabalho desses profissionais, na tentativa de identificar possíveis falhas no manuseio do mercúrio, a fim de eliminá-los ou minimizá-los. Os riscos que o mercúrio oferece aos cirurgiões-dentistas e aos demais trabalhadores da área odontológica não podem ser ignorados.
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eu sou tsb e trabalho no interior do estado AMAPÁ... e por la utizamos na maior parte do tratamento o amalgama de vido os pacientes serem d regioes ribeirinhas e devido a falta desse profissional por la ! e como o amalgama é um material muito bom devido seu tempo de durabilidade, utilizamos com frequencia...
ResponderExcluirMas ou menos cinco anos q ja trabalho com ele,...
e agora fiquei preocupado. o q dra. me sugere?
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