Com o auditório lotadíssimo e a presença de grandes ícones da odontologia santista, mesclado com profissionais jovens e outros associados que sempre se preocuparam com o futuro dessa entidade que é a maior entre todas as existentes na nossa região, esperava-se o desenvolvimento de um processo de debates calcados no conhecimento, dedicação, respeito mútuo e profissionalismo por parte dos associados presentes, porém o que vivenciamos foram verdadeiros atos de digladiação e discussões ásperas que nunca deveriam acontecer numa classe profissional que tanto faz pela promoção da saúde,
Estávamos lá reunidos para aprovar ou não uma proposta de construção de uma nova sede, apoiada na parceria com uma empresa do ramo de incorporação e construção civil, com o objetivo precípuo de ampliar e modernizar as instalações físicas para propiciar melhor atendimento ao associado, tanto na questão social propriamente dita, como na oferta das condições ideais para o andamento dos cursos de formação, atualização e especialização.
Os ítens constantes do edital reuniam a autorização para o estabelecimento de parceria com empresa de incorporação e construção; análise, escolha e aprovação de projeto construtivo; autorização para demolição do prédio atual e início das obras; mudança provisória da sede; nomeação de Comissão de Obras e outorga de poderes para a mesma e outras questões inerentes ao projeto.
Em análise fria, concordo plenamente com a procupação da diretoria atual sobre a necessidade de resolver esse problema crônico, já que a sede existente não permite de maneira nenhuma a ampliação física condizente com o cresimento da entidade, porém a resolução rápida de um problema tão complexo através de uma ação emergencial alicerçada em apenas uma opção apresentada oferece muitos riscos ao futuro de nossa entidade.
Quero salientar que votei a favor da autorização de estabelecimento de uma parceria com o setor empresarial, mas, convicto que não devemos nos apoiar apenas na única opção apresentada, mas, sim reivindicar junto à comissão provisória instalada, a proposição de outra opções que possam ser analisadas com critério e isenção de vaidades pessoais, no sentido de se encontrar a melhor saída para o impasse.
Por outro lado, os profissionais mais antigos vinculados à entidade não devem se respaldar apenas no aspecto histórico, e entender que a visão de futuro consciente pode ser o melhor caminho para a modernização e melhoria para todos os sócios, sem discriminação nenhuma. Os mais jovens e de mentes mais abertas, devem, outrossim, atuar com arrojo e ousadia mas, lembrar-se da nescessidade de trabalhar em cima de um planejamento sério o que concorre para a eliminação da maioria dos riscos a serem provocados pela decisão a ser tomada.
Conclamo a todos, veteranos e jovens associados, membros de diretoria e conselhos, que se unam para encontrar a melhor saída, e àqueles que ontem deram um exemplo inglório de debates desrespeitosos, principalmente com o Presidente da Assembléia, Dr. Lamartine Lélio Busnardo, um profissional ilibado e merecedor do mais profundo respeito de toda a classe odontológica, que usem a mesma veemência na defesa de todos os direitos dos Cirurgiões Dentistas em qualquer situação e não apenas na defesa de um espaço que não é só deles, mas, sim de todos os associados.
Que todos que compareceram ontem, tão preocupados com os destinos da nossa querida ACDBS, lembrem-se qua a participação é necessária em todas as atividades sociais e científicas e não apenas para dar o contra em propostas, por simples e pura oposição.
A odontologia deve estar acima de todas as discordâncias e vaidades pessoais, sob pena de caminhar inexoravelmente para a sua derrocada final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário